IRREMEDIÁVEL! Um duo...



Caminha pelo resto da tarde…
Réstias de claridade salpicando os ares

Chega à serena mansidão da noite
Começam encontros em bares

Como o suave bater da porta...

Adentro para dentro de nossa casa
Da cortina, o tolher da entrada de luz.

Percebo cheiro de lar ao aconchegar
Chega como o fechar do livro que se lia.

Será chegado mais um dia de descanso salutar? Ou...

O tédio do ciberespaço que lhe embriaga o espírito
Irá para me dominar na irremediável e inevitável preguiça?

O apagar da claridade que transforma silêncio em escuridão

À noite o que suspira e aspira ou será que só transpira e pira?

Instala-se no travo da boca, nos reflexos dos sentidos...

Porque me encontro assim meio morto, boquirroto e amotinado?

No sussurro dentro da agonia, um nítido cansaço da alma...

Não é transe e nem disfarce mas quem sabe o que se assanha?

Dos olhos escorre desorientada... Solidão!

Que fenece com a inspiração da madrugada...


Lufague & Hilde
Navegando Amor e Lufague
Enviado por Navegando Amor em 13/08/2013
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