SEM SENTIDO...
Pensei que em meu mundo surdo,
Não escutaria nenhum grito,
Nem meu pobre suspirar,
E nessas noites, o escuro me esconderia,
Só não sabia que meu coração tão frágil,
Aos meus ouvidos chegaria,
Com tamanha força,
Com tamanha devoção.
Essa exclamação que atordoa,
Lábios lascivos meus,
Embora falem o que é de mim,
Não atingem os teus,
Profanos sussurrares,
De corpo que não conheço,
De olhos que vejo,
Que não podem mirar por mim.