MARIA CRISTINA (parte I)

Mulher, quando a morte

Bater à minha porta_

Invisível aos teus olhos,

Repousarei no seio da terra!

Recordarás a chama

Que nos queimava...

A idade te trará essas lembranças...

Ilusão?

Não...

Era amor!

Adeus minh’amada,

É o teu coração que sofrerá

Quando tudo acabar;

Tudo acaba um dia...

Se uma flor morrer,

Ficam as outras;

Ficam os seus espinhos;

Ficam os ferimentos...

Calados como estátuas agora estamos,

Não existe horizonte adiante,

Só o céu começando e terminando

Atrás de portas fechadas por nós.

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 08/08/2013
Código do texto: T4425364
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.