É assim.

O silvo do vento,

A luz do luar,

As lembranças...

São tudo!

Longe daqui, de tudo,

Em andanças errantes,

Está o olhar,

Um pedido desolado.

Lucro, não há!

Trabalho toda noite,

Maquino um desenho,

Uma brecha irreal.

Cansados estão os sentidos

Do caminho percorrido.

E lucro não há!

Logro e cavuco; e nada!

Perdido, vendo a madrugada passar,

Vendo o sol entrar,

É assim.

São dois mundos, duas vidas.

Duas canções!

Uma diz: “estou aqui, meu coração é teu!”.

A outra nem sei!

Mas continuo aqui,

O caminhar continua

Até onde, não sei.

E o silvo do vento

Acompanha-me.

RENATO SANTOSS
Enviado por RENATO SANTOSS em 07/08/2013
Código do texto: T4423846
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