É assim.
O silvo do vento,
A luz do luar,
As lembranças...
São tudo!
Longe daqui, de tudo,
Em andanças errantes,
Está o olhar,
Um pedido desolado.
Lucro, não há!
Trabalho toda noite,
Maquino um desenho,
Uma brecha irreal.
Cansados estão os sentidos
Do caminho percorrido.
E lucro não há!
Logro e cavuco; e nada!
Perdido, vendo a madrugada passar,
Vendo o sol entrar,
É assim.
São dois mundos, duas vidas.
Duas canções!
Uma diz: “estou aqui, meu coração é teu!”.
A outra nem sei!
Mas continuo aqui,
O caminhar continua
Até onde, não sei.
E o silvo do vento
Acompanha-me.