SONHOS PERDIDOS
Ela sentou ali a beira do riacho
Abriu o livro e o folheou a esmo
Seu olhar estava voltado ao céu
Não mais havia lágrimas a derramar
Não mais havia alguém para abraçar
Não mais havia sonhos para embalar
A vida perdera todo o sentido
E o caminhar se tornou solitário.
O livro nada mais era que uma recordação
De alguém que um dia dissera amá-la
Mas que não passara de uma ilusão.
Amor é o que está dentro de seu peito
E que não aceita ser desfeito.
É esse sentimento que a alimenta
Que a leva sempre a se encontrar
Mesmo que os sonhos tenham morrido
Mesmo sabendo que estará só num futuro
Mesmo que haja muros intransponíveis
Que nunca conseguirá escalar
Pois não há mais sonhos para abraçar!
2013
*Interação do amigo poeta Daniel Miguelavez
Obrigada menino poeta,amei!
APENAS FOI-SE
Na margem, contemplava o seu eu,
perdido na nuvem do vazio,
seus olhos secos, virados para o céu,
no pensamento, raios faziam silêncio,
momentos derramados em lágrimas,
sozinho, suportava aquele frio,
aquela mar, amargurado de calemas
ninguém podia-o ajudar,
sonhos fugiram na primeira esquina,
pois estes eram mesquinhos,
e ao relento, a solidão veio lhe abraçar,
embalou-o, na corrente sem sina,
contando, a história das páginas da sua vida,
relembrando os tempos, em que ela o amava,
mas hoje, a ilusão perdeu-se na estrada,
e o silêncio, nunca mais falava,
ficou mudo, se esqueceu,
que um dia, amou o seu mundo...!
08-08-2013