Amordaçado

Coração enrodilhado

feito cão, abandonado

traga as horas tão vazias

por tragar, desconsolado,

implorando outros dias

de mais sol, enluarados.

Molestado, pelo amor

que jurou fidelidade,

mas traído, na verdade;

fica ali, amordaçado

sufocando a sua dor,

sem gritar, tão degredado.

Não reclama, em sua dor

paciente, abnegado

vitimado pelo amor,

que sobreviveu, malgrado

as falsas juras, somado,

ao desdém de quem jurou...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 06/08/2013
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