CADEIA DE SOLIDÃO

Hoje é o meu julgamento

Estou frente a frente com o juiz,

Cujo o delito foi um adultério de casamento

Equivocadamente seria feliz.

Sinto-me culpado

Pelo crime que cometi,

Se eu for condenado

Serei engaiolado sem direito a reagir.

Sem direito a defesa

Ouço os argumentos do promotor,

Minha consciência está presa

Por causa um delito contra o meu antigo amor.

Vejo ao meu redor

Testemunhas, membros do executivo e a vítima,

Meu medo maior

É o decreto á pena legítima.

São horas de argumentos

Para o juiz interpretar o meu destino,

Tento decifrar seu pensamento

"Como será o destino deste menino".

Me identifico ser um réu consciente

Mesmo sem o direito de argumentar,

Estou firme , forte e crente

No que virá.

O advogado defensor

Relata afirmações que podem chegar a uma conclusão,

Calado estou,

Mesmo sabendo que o meu destino é a cadeia da solidão.

O promotor descreve como era a nossa relação

Olho no fundo dos olhos da vítima arrependido,

Com vontade de chorar diante à acusação

Com os argumentos do promotor fico entristecido.

Logo em seguida vem a palavra do juiz

De acordo com as acusações descritas neste tribunal,

O destino do réu que não soube ser feliz

É decretado culpado por cometer um delito conjugal.

Fiquei sem direito a protesto

Sem palavras pra me expressar,

Em um processo conjugal fui honesto

Em me calar.

Passarei anos e anos na cadeia da solidão

Sem direito a visitantes e regime semi-aberto,

Permaneço nesta solidão

E a solidão de mim está cada vez mais perto.

Perdi ela, perdi minha liberdade

Perdi tudo de bom neste mundo por causa de uma aventura,

Cuja esta aventura levou a cometer um delito com destinação à saudade

Passando a viver numa cadeia de solidão trazendo -me a amargura.

MATUSALÉM DAS POESIAS
Enviado por MATUSALÉM DAS POESIAS em 02/08/2013
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