alma perdida na rua
o frio do chão molhado de lágrimas
onde um pouco de fome procura
por um pouco de abraço
entre amigos sem rosto
que vivem entre o céu e o inferno
na mesma hora da urina dos anjos
o amor virou uma palavra enterrada no mar de merda
mas nem tudo e realmente nada
onde as arvores não puderam falar com as gotas de orvalho
e a dona aranha cantou o hino de despedida
para quem não tem nada na cabeça oca
agora o pão tomou banho de lágrimas
e o gato não viu onde escondeu
o lixo perdido do castelo de areia