Livre
Num movimento aredondado
ergue os braços
unindo-os no alto
arrendondando unidos à frente
fechando os olhos
curvando-se
contraindo-se
encolhendo-se,
escondendo-se
fechando o corpo,
fechando a mente,
sumindo
lentamente
e tantos silfos,
elfos, brilhos
fadas, luzes, sorrisos intrínsecos
lágrimas secas,
flores e estrelas
tudo isso salta no gesto
do gesto ao pó, à ausência.
O violão toca a melodia que transcende
e da solidão sai o amor pelo tudo,
a solidão incorpora o ser ao mundo.
Tudo, tudo
é como o som do vento
e a própria voz é como o vento
soprando distante...