Vinte e Cinco
Estive distante por um tempo. E talvez me arrependa de ter voltado. Enfim, eis aqui outra porcaria que escrevi, tão porcaria quanto minha própria existência e espero, de coração (que quero que pare logo), que este seja o último poema da minha vida.
Obrigado a todos que visitaram este espaço e espero não os ter contaminado com a doença de minha existência. Adeus.
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Conto nos dedos todas as alegrias
Que senti ao longo da minha vida
Lembro dos poucos sorridentes dias
Em que a maldita dor era esquecida
Na praia, com os grãos da areia
Tento contar todas as tristezas
Pois dessas minha vida foi cheia
Na escuridão e suas profundezas
Contarei agora um grande segredo
E imploro que entendam, é verdade
Ter vivido em vão não foi por medo
Foi, tão somente, pela incapacidade
Talvez viver não seja pra todo mundo
Embora eu tenha tentado com afinco
Tornei-me só um peso morto, imundo
Estou velho e parto (farto) aos 25