ESCRAVIDÃO

Rasga esse amor de mim

tira-me dessa prisão

ascende a luz que enfim

não quero mais escuridão

jogo a fumaça pru ar

de onde eu a vi partir

de cima do primeiro andar

loucura que fez consumir.

dói de tanto lembrar

a porta travada aqui

fantasmas no ouvido a falar

eu finjo não tentar ouvir.

fecho os olhos em vão

vazio e com frio

inerte nesse porão

na flor da pele sem brio.

gritando calado

de um ser justiçado

pela grande quimera

da própria escravidão.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 13/07/2013
Reeditado em 13/07/2013
Código do texto: T4385435
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