“Eu” expulsei o amor de minha vida.
 
Agora fico na cadeira de balanço na
 
varanda, lenço encardido acenando
 
para o vazio da estrada.
 
Melhor seria convencer àquela que
 
vive em mim, a residir no porão onde
 
 se guardam as coisas inutilizadas.
 
Na verdade, não o expurguei, “ele”
 
fugiu na madrugada enquanto ainda,
 
eu inocente dormia.

O lenço foi o que 
me restou.
 
 Era alvo quando ele se foi...


 

Railda
Enviado por Railda em 12/07/2013
Reeditado em 29/01/2016
Código do texto: T4384026
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