@CHÃO DE TEMPO - Pombos negros.'
As ruas, pensativas,
recordam,
nas sombras dos arranha-céus,
que um dia foram selva.
Os homens, pensativos,
recordam,
nas sombras da solidão,
que um dia foram aves.
Culpas silenciosas.
Não há mais revoadas.
Não há mais cantos.
O silêncio é eterno.
A lua é frágil,
as estrelas dispersas,
o céu é opaco.
Os pássaros são pombos negros.