Pequena Pétala
E lá vem ela, a pétala acolhida pelo vento,
Planando, girando, ganhando o espaço
Feito bailarina em divineia ilusão...
Luzes imensidão!
Palco para os dançam, cantam, sonham,
Lápis e papel para os dragões da mitologia
Para quem pinta a vida em palavras...
Celeste alquimia!
A jovem menina adentrou pela janela
E na folha pousou em outono inverno,
Deixando que o seu orvalho o argumento escrevesse,
Versasse como quem faz da lua musa anfitriã,
Dando vinho para quem colhe uvas,
Pão para quem planta o trigo!
E ali, em repouso ficou a pequena aveludada
Desprendendo-se em metáforas, utopias,
Néctares e cheiros vindo do além maré amor
De sonetos compreendidos e escritos pela alma,
Uma odisseia ao sentimento, venturas do imo!
- Mas a noite já caminha alta em enlevos
É hora d’ir e encontrar outros papiros ainda no vazio,
Dando ao olhar lágrimas de poesia, quimeras, estações,
Fontes que brotam pela saudade, pela escrita,
Pelas águas da ribalta!
07/07/2013
Porto Alegre - RS