MONÓLOGO SILENTE!
MONÓLOGO SILENTE!
Silva Filho
Cai mais uma noite...
Ouço a mensagem do poente.
O arrebol pinta nova tela
Constelações se revelam.
Cala-se a orquestra dos passarinhos.
Preso num escaninho
Fica o monólogo silente!
Queda-se um computador...
Persistindo em falar de amor.
O teclado sugere:
“Minha querida, meu amor, minha vida”.
... Silêncio absoluto...
As palavras não voam
Não adejam os versos
O amor não levita
O silêncio não grita...
Restou o reverso.
É assim que te espero
Noite adentro.
Janelas abertas ao vento.
Não há pombo-correio.
Não há cartas, bilhetes, e-mails.
Somente mistérios.
Parece ser este o meu fadário...
Viver somente de espera
Dividindo com quimera
As folhas do calendário.
MONÓLOGO SILENTE!
Silva Filho
Cai mais uma noite...
Ouço a mensagem do poente.
O arrebol pinta nova tela
Constelações se revelam.
Cala-se a orquestra dos passarinhos.
Preso num escaninho
Fica o monólogo silente!
Queda-se um computador...
Persistindo em falar de amor.
O teclado sugere:
“Minha querida, meu amor, minha vida”.
... Silêncio absoluto...
As palavras não voam
Não adejam os versos
O amor não levita
O silêncio não grita...
Restou o reverso.
É assim que te espero
Noite adentro.
Janelas abertas ao vento.
Não há pombo-correio.
Não há cartas, bilhetes, e-mails.
Somente mistérios.
Parece ser este o meu fadário...
Viver somente de espera
Dividindo com quimera
As folhas do calendário.