Solitude
Fina chuva
Baudelaire
Na cabeceira
Frio forte
Vinho, cicuta e
Houdar De La Motte.
Chuva
Insistente
Vem, no Restelo
Vem de Belém
E dos versos
de Paul Verlaine
Eu querendo
(Te) esquecer
Me aprofundo
em Mallarmé
Ou Louise Labé
Chuva fina
em Lisboa
Me pego chorando
Ouvindo Amália
Lendo Florbela
Chuva caindo
Eu me suicidando
Sem ninguém
Em meio às páginas
De Jean-Luc Pouliquen.
Chuva e frio
Copo vazio
Corpo estendido
Poema interrompido.