DESCRENÇA
Este não ter nada sempre...
Este silêncio eterno...
E o telefone que não toca nunca...
E esta certeza de que não valeu à pena,
É o que me faz mais desiludida
Sem ter mais forças pra correr atrás.
Afinal se não há nada nem ninguém
A esperar no fim da estrada...
Pra onde ir?
Pra quem sorrir?
Pra que teimar em sonhar
Se nenhum sonho sonhado
Sou capaz de realizar?
Eu sou uma prisioneira de mim mesma
Buscando desesperadamente uma saída
E um motivo apenas que me faça
Continuar a acreditar na vida...
Eu sou um barco à deriva
Em busca de um cais seguro pra aportar,
Pra novamente em terra firme
Livremente caminhar,
Quem sabe, por uma estrada
Onde a esperança venha me encontrar
pra preencher todo o vazio
De uma vida sem sentido
Que eu vivo a VEGETAR...
Flor de Lyz
26 de junho de 2011
Búzios, 00.45 mts, Domingo