DESCRENÇA

Este não ter nada sempre...

Este silêncio eterno...

E o telefone que não toca nunca...

E esta certeza de que não valeu à pena,

É o que me faz mais desiludida

Sem ter mais forças pra correr atrás.

Afinal se não há nada nem ninguém

A esperar no fim da estrada...

Pra onde ir?

Pra quem sorrir?

Pra que teimar em sonhar

Se nenhum sonho sonhado

Sou capaz de realizar?

Eu sou uma prisioneira de mim mesma

Buscando desesperadamente uma saída

E um motivo apenas que me faça

Continuar a acreditar na vida...

Eu sou um barco à deriva

Em busca de um cais seguro pra aportar,

Pra novamente em terra firme

Livremente caminhar,

Quem sabe, por uma estrada

Onde a esperança venha me encontrar

pra preencher todo o vazio

De uma vida sem sentido

Que eu vivo a VEGETAR...

Flor de Lyz

26 de junho de 2011

Búzios, 00.45 mts, Domingo

Flor de Lyz
Enviado por Flor de Lyz em 15/06/2013
Reeditado em 18/11/2015
Código do texto: T4342308
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