NO DIA DOS DESNAMORADOS
Vou passar abraçado,
Ao meu travesseiro.
Recostado na cama,
Com o pensamento longínquo...
Que romperá o silêncio do quarto,
Somente um coração inquieto.
O meu peito arfante,
Sentirá o ar mais rarefeito.
Que irá desgarrar dos pulmões,
Oriundo de profunda embolia.
Nesta moléstia vertiginosa,
Aonde vou desfalecer.
A partir daí idealizar alguém,
Capaz de unir as partes.
Que se encontram separadas,
Por um abismo extremo.
De um mundo tão ingrato,
Feito de desencontros.
Pois quem já esteve,
Há muito se partiu.
Perdeu o interesse,
De modo repentino.
Pela matéria morta,
Por alguém vazio.