MEU DIA VAGO

Meu dia vago e sombrio

Que me tem ensimesmado

Neste feitio enfadado

Na forma de corrupio.

Não sei se me passa a hora

Nem se o acaso consente

À laia de quem desmente

Se me fico ou vou embora.

Vou contigo, porque não?

Não tenho para onde ir

Se me fico, é de fugir,

Se não, passo horas em vão…

Nestes minutos diversos

Sentar-me-ei a escrever

O que à minha alma vier

Na forma vaga de versos.

Vagueia gente pela rua

Não sei se triste s´ alegre

Aos seus cogites entregue

À volta de coisa sua.

E aquela pomba perdida

Com certo ar assustado

Põe-me mais ensimesmado

Cogitando a minha vida.

Por esta tarde sombria,

Com chuva leve de bruma,

Sinto momentos de espuma

Com espasmos de apatia.

E à luz de um poema de Antero,

Em Raios de Extinta Luz,

Num traço que me seduz

Componho os versos que quero.

Vai, amor, e não demores

E, por tudo o que desejas,

A cada momento vejas

As coisas serem melhores.

E, como tu sempre dizes,

No auge das emoções

Tenhamos mais ocasiões

Com aventuras felizes!

Frassino Machado

In AO CORRER DA PENA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 08/06/2013
Reeditado em 09/06/2013
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