Solidão sem fim
Era úmido
Era frio
Era escuro...
Senti as correntes presas ao meu corpo
A agonia do silêncio descia em meu peito
As lembranças do passado haviam escurecido com o tempo
O medo corria em minhas veias como meu próprio sangue
Queria apenas ouvir um sussurro adiante
Minha felicidade tinha sido carbonizada
Só o pensamento pairava sobre o nada
Por dentro, a alma petrificada;
Por fora, a expressão de um nada.
De repente uma luz veio do alto
Cegou-me por um instante
Deu vida a minha alma
Meu coração pulsou novamente
Deu-me forças para quebrar as correntes
Descobri em mim uma nova vida
Com esperanças e alegrias
Mas enfim a luz desapareceu
E levou consigo o meu “Eu”
Desde lá meu peito sangra
Prefiro a morte que a lembrança...