Fim Do Horizonte

Continuo perambulando descalço

Nesta tão assustadora estrada

Sob vários corações em estilhaços

Enquanto dentro de mim há nada

Embalsamado num eterno sofrimento

E imune às intempéries amorosas

Réquiens adornam o meu lamento

Tornam espinhos as pétalas de rosas

Temeroso e incrédulo, ainda sigo

Incansável, fitando o horizonte

Carrego uma enorme solidão comigo

E uma paixão ardente e flamejante

Essa paixão, aos poucos, se esvai

O fôlego da vida, então, desaparece

O inferno levanta, a temperatura cai

E minha existência, enfim, esmaece

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 29/05/2013
Código do texto: T4315639
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