Da Alquimia à Solidão
Cá está, a note cheia de cobre
Toda simples, toda nobre, toda poética
Feito pranto em desatino querendo uma palavra,
Razão, emoção, quem sabe uma prece
Oriundas dos apelos, das contas do condão!
No céu de outono, orion
Já se veste em suas quadraturas lunares,
Grafando em cada quadrante um beijo
Na face da nuvem que se abre ao luar!
O cantar e o incessante dançar das folhas
Pelos passeios d’onde os versos esvoaçam,
Levam para madrugada todas as notas
De cordel apaixonado pelo prosaico momento
Da escrita, da rima, do avesso branco... Ah, poesia!
Muitas são as canções que se delegam
Ao pensar, ao infindo desejo de amar!
Do sentimento plena alquimia
Aos tecidos de seda girando em pleno
Pôr da lua redonda, absoluta, pura
Como a sonata trazendo o amanhecer!
28/05/2013
Porto Alegre - RS