Morreu no Mar.

Âncoras e cordas ao mar,

e eu, barco vazio,

marinheiro medroso,

leme liso, sozinho,

sujo da areia da praia.

Apanhei na boca do rio

a garganta da vida,

deixei tudo pra trás,

fui-me a nadar em despedida,

sereiar com minha morte

na âncora exposta

de minhas doces feridas

no fundo, bem fundo, do mar.