JANELAS
Debruço-me na janela da mente
e vejo o tempo passar...
Só e triste como a minha tristeza,
lento como o meu caminhar.
Debruço-me na janela do tempo
e sinto a mente vagar...
pelos vastos caminhos da solidão,
a buscar o amor que não tive.
Debruço-me na janela dos sonhos
e vejo apenas desilusão...
de uma vida que eu quiz e não vivi,
das dores que eu não sofri.
Debruço-me na janela da saudade
e nada há pra sonhar.