Solidão
A tarde cai fria e triste.
Ouço a quinta de Tschaikowsky.
È uma fantasia, os compassos,
desfilam dentro de uma agonia,
tão crua e fria, parece até eu,
sem tema, razão ou alegria.
Só sons que doem e rasgam a alma.
E no climax da melodia, minha fantasia,
se espalha na tarde que chora,
Como seremos, onde estaremos,
e quem por nosso amor vai chorar,
quando nossas almas forem embora!
definho como um violino,escondido ,
na melodia, atráz do piano.
Alcanço com eles o compasso final.
Vai cair de vez a tarde, já é noite,
estou triste e muito cansada,
a melodia acaba, me entrego,
escondo a face com a mão.
desfaço-me em lágrimas,
e choro a minha pior solidão....