Aplausos ( Hora do espetáculo)

Quero parar tudo para me verem morrer

Pois só assim perceberam a minha existência

Não me olham

Não me ouvem

Não me cheiram

Sou como água de enxurrada

Que cai e escorre pelo chão

Sem saber aonde vai

Seguindo apenas a vontade do tempo

Sou sem nome

Sem identidade

E também sem telefone

Moro na rua

Vivo de insultos

Alimento-me da vergonha

De ser o triste invisível.

Paulinha M
Enviado por Paulinha M em 18/05/2013
Reeditado em 23/12/2013
Código do texto: T4296585
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