Aplausos ( Hora do espetáculo)
Quero parar tudo para me verem morrer
Pois só assim perceberam a minha existência
Não me olham
Não me ouvem
Não me cheiram
Sou como água de enxurrada
Que cai e escorre pelo chão
Sem saber aonde vai
Seguindo apenas a vontade do tempo
Sou sem nome
Sem identidade
E também sem telefone
Moro na rua
Vivo de insultos
Alimento-me da vergonha
De ser o triste invisível.