Contos da Solidão IV: Lembranças
Sai... A mente fria,
No calor do dia!
Nessa tarde vazia,
Agito de calmaria.
O dado é permeado,
Os signos objetificados.
Allure do significado!
Faço me ouvir calado!
Gira suave esse tom.
Precógnito o meu dom
Na alma esmaece o on
A informação é som...
... No silêncio da memória,
Do abrigo da rapsódia!
Da técnica a teoria,
É ensurdecer na gritaria!
Cada espaço vazio!
É um fantasma frio.
Alista a lembrança no rio
Pesaroso, leve e tardio!
O espaço a ser preenchido
Mas não está neste sentido
Longe, perdido e ferido.
A espreita para ser acolhido,
Depois da meia noite.
As lágrimas são a foice,
E na soledade do coice.
Que alegria me açoite!
Tenho a fruta pequena.
Suave, doce e serena.
Quando o vazio que externa,
Seu beijo ele flerta!
Depois da meia noite
20 de março de 2013