Poesia
Alcova
Ó amado da minha vida
Que juntos dormimos na mesma alcova
Tu és o meu amado escolhido
Eu sou a sua amada sempre alva.
Compartilhamos nossa intimidade
Num misto de amor e carinho
Onde confissões são contadas
Perdões são concedidos.
Tu amado dormes sono tranqüilo
Enquanto a noite se alarga madrugada afora
Ouve-se apenas o grito da cotia
E o meu lamento por dentro chora...
Entre rendas, fitas e cetins
Um beijo meu sua fronte acaricia
Minha mão passa pelo seu dorso
Você nem sequer percebe
As lágrimas rolam no meu rosto.
Ó amado meu para sempre serás assim
Você tranqüilo no leito
Eu aflita no peito
Finos lençóis em desalinho
Uma chama ardente a me queimar
Um fogo a me acabar.
A aurora já desponta
No horizonte o sol aclama
O seu direito de nascer
Da nossa alcova me levanto
Descubro um sorriso nos seus lábios
De novo você me chama.
Como um vício que me mata
Todos os dias espero a hora
De sentir o seu hálito quente
No seu ressonar a me soprar
E descobrir ainda uma fonte
De néctar do prazer a nos esperar...
Autora: Margareth Rafael
A poetisa de alma branca