O poeta e a solidão

O poeta e a solidão

O poeta e a solidão,

seguem pela avenida,

de braços dados,

no final de mais um dia,

A lua o acompanha,

iluminando seus passos,

pensativo e sonhador,

e a solidão no seu encalço,

A lembrança dos seus dias,

de seus amores e desilusões,

das tristezas e da saudade,

da boemia no antigo bar,

O café expresso, o cappuccino,

o licor o vinho tinto,

únicas companhia de uma noite,

sem mulheres, sem amantes nem romance,

Ao dobrar a esquina,

no banco da praça,

meio sem graça,

o poeta contempla,

A triste cena,

de um beijo romântico,

e o mais triste,

a boca não é a sua,

A verdade nua e crua,

de volúpia treme, se arrepia,

o amor que tanto escrevia,

dele escarnece e zomba,

Logo dele que o procurou desesperadamente,

embora estivesse presente,

grafado nas entrelinhas,

nunca o sentiu com fervor,

De repente... Algo sua atenção chamou

era a solidão,

estava com pressa.

Polly Hundson

polly hundson
Enviado por polly hundson em 01/05/2013
Reeditado em 20/09/2014
Código do texto: T4268896
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