"reaprender a viver"

Debruço sobre o curral vazio,

Ali, obediente, a montaria espera.

Reluto a galopar estrada a fora,

Necessito respirar, reaprender.

Vejo o imponente ipê amarelo renascer,

Outrora, atingido quase fatalmente.

O pau d´oleo, renovar a folhagem miúda,

E brotar a pastagem verde e farta.

Certamente irei reencontrar-me,

Regar as flores para o colibri beijá-las.

Pela manhã, colhê-las e ofertar-te,

Depois, buscarei a maciez dos seus lábios.

Finalmente, sinto no ar seu cheiro,

Tantas vezes fez-me viver.

Solitário, penso e reclamo,

Dos momentos passados a me volver.