Dos Sonhos
Assim são os sonhos apalpados
Do gosto tardio, esquecido.
Embora eu, de ti, gostasse.
É para mim que torna o remanescido.
Assim são os sonhos acariciados
Quase perto. Já se indo
Um copo de vinho meio amargo
Chocolate quente, um ruído.
Assim são as bocas desejadas
Da face noturna esquecida
Quem ver a morte como não criada
É a criatura já não vivida
E assim são os sonhos esquecidos
Um sopro lento, morrido.
A voz que não canta no suspiro
O amor que se vai, quando aquecido.