Senti frio nessa manhã,
desde a jovem madrugada.
Permaneci no leito, no afã
de uma hora ensolarada...
Senti frio nessa tarde,
mesmo com sol ardente...
Pudera! Já que me invade,
teu longe rosto, vorazmente!
Sinto frio nesta noite,
embora quente de verão...
Pudera! Se frio é o açoite
da ausência de tua mão!
E seja noite, manhã ensolarada,
dia chuvoso, tarde quente;
não durmo até às madrugadas,
absorto em solidão premente...
Ah! não há calor, nada me aquece!
Só sinto frio! Na rua, na cama...
Tudo é sem cor, nada me apetece!
Pudera! Se meu corpo o teu reclama!
AurismarMazinho - 11ABR2013
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