SOZINHOS?

Sozinhos, nós fraquejamos

Como crianças,

Como quando se machuca ao cair da árvore:

Sem proteção, sem abrigo,

Sem alguém para nos socorrer

E nos fazer abrilhantar.

Candidamente, percebemos quanto

As pessoas nos fazem falta,

Pois agora temos que escalar

As montanhas sozinhos,

Com todas as barreiras,

E com mais cansaço,

Já que não tem mais ninguém

Para nos dar a mão.

É assim, que a solidão torna-se incoerente,

E as lembranças fazem-se mais latentes,

Constantes em nosso CORAÇÃO,

Sagrando como um buraco que foi aberto,

E quer socorrer-se e não encontra ninguém

Para fechar,

porque está sozinho.

Nessas horas lembramo-nos da infância,

Dos sonhos, dos medos pelo que viria,

Se é que havia.

Como éramos destemidos,

Irradiantes de vida, de fantasias!

Agora, com um punhal

Encravado no peito,

Os sonhos desvanecem.

Todavia... restando-nos algo Supremo:

A FÉ.

É ela que nos faz resistir,

E não nos entregam inertes ao suicídio,

As faltas de expectativas.

A solidão nos traz reflexões,

Torna-nos outra vez crianças em lágrimas,

Mas que nos farão amadurecer.

Pois finalmente, apesar das vozes ausentes,

Dos passos distantes,

E da quietude do amanhecer,

Compreendemos que nunca

Estaremos sozinhos,

Pois há um amigo zeloso

Que sempre nos alcançará,

Nos quatro cantos da terra,

Nos limites dos céus e das constelações,

Onde o seu lar é soberano,

Pois está em um lugar reservado:

Dentro de nós.

Agora... já não há mais nada para dizer,

Pois os argumentos são pequenos,

Diante Daquele que é tudo, DEUS.