Dicotomia
Dicotomia.
Na alma...
Na visão...
Nas decisões...
Dicotomia estou então...
Até na solidão!
Tendo meu silêncio dilacerado
Por teu silêncio decretado
Meu cognitivo percebe a fuga
Mas minha emoção não registra
E tenta entender... Por quê?
Vieste sem que te procurasse
Foste sem ao menos liberar... Meu coração!
Minhas emoções afloram, sem espaço para habitar...
Instala-se em mim a urgência do teu falar
Meu ser inteiro chora...
Sei que não tem mais volta
Sua busca se concretizou num achado breve...
Do tesouro no fim do arco-íris
O encanto se desfez...
E retornas então a tua busca ao desconhecido...
Dicotomia...
Entre meus desejos e anseios
Pela multidão de sensações que invadem meu ser,
Babilônia de emoções...
Fazendo de minha voz, um leve balbuciar.
De lábios entreabertos a indagar: Por quê?
Vieste sem que te procurasse
Foste sem ao menos liberar... Meu coração!
Perdi o resto de minha esperança,
Meus instintos tão lascivos
Tornam meu espírito reprimido...
Dicotomia, até nos sentidos!
Presa na decepção
Invadida pela sensação de pândega...
Só inteira nesta certeza:
De ser tola, pois pensei,
Que poderia pegar raios de sol!