Dicotomia

Dicotomia.

Na alma...

Na visão...

Nas decisões...

Dicotomia estou então...

Até na solidão!

Tendo meu silêncio dilacerado

Por teu silêncio decretado

Meu cognitivo percebe a fuga

Mas minha emoção não registra

E tenta entender... Por quê?

Vieste sem que te procurasse

Foste sem ao menos liberar... Meu coração!

Minhas emoções afloram, sem espaço para habitar...

Instala-se em mim a urgência do teu falar

Meu ser inteiro chora...

Sei que não tem mais volta

Sua busca se concretizou num achado breve...

Do tesouro no fim do arco-íris

O encanto se desfez...

E retornas então a tua busca ao desconhecido...

Dicotomia...

Entre meus desejos e anseios

Pela multidão de sensações que invadem meu ser,

Babilônia de emoções...

Fazendo de minha voz, um leve balbuciar.

De lábios entreabertos a indagar: Por quê?

Vieste sem que te procurasse

Foste sem ao menos liberar... Meu coração!

Perdi o resto de minha esperança,

Meus instintos tão lascivos

Tornam meu espírito reprimido...

Dicotomia, até nos sentidos!

Presa na decepção

Invadida pela sensação de pândega...

Só inteira nesta certeza:

De ser tola, pois pensei,

Que poderia pegar raios de sol!

Observadora
Enviado por Observadora em 14/04/2013
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