DA TUA MORTE ESQUECIDA NA MEMÓRIA APAGADA

Deixe-me agora quieto, espreitando as horas,

Elas podem me trazer alguma novidade,

Fazendo-me esquecer a ideia de morrer,

Fugindo da loucura dos poetas suicidas

Que morriam pelas suas musas inspiradoras,

Assim também morro, de morte ilusória...

Por que me apeguei tanto a ti?

Melhor seria nunca ter ouvido a tua voz;

Melhor será não mais pensar em ti;

Melhor será te sepultar no passado de agora

Antes que o teu desprezo seja a minha tumba...

Qu’eu não morra mais de amores por ti...

Que minhas palavras amorosas sejam esquecidas,

Elas não precisam ser lembradas por ti,

Muito menos citadas pela a tua boca

Que tanto tocara os meus lábios,

Puro eu ainda estou por não provar veneno,

Fugido dessa morte eu me encontro agora...

Deixe-me eu estar com os meus pensamentos,

Eles são mais valiosos do que a tua forçada companhia,

Saiba que a minha felicidade, talvez inexistente,

Não precise de muito, nem da tua presença...

A mentira nunca foi a minha salvação,

Mesmo quando eu bebia duma fonte imunda!

Melhor mesmo é não mais escrever

Um tosco verso em tua lembrança;

Melhor mesmo é eu morrer;

Melhor mesmo é te sepultar agora;

Melhor mesmo é não mais te querer;

Melhor mesmo é ter que te esquecer...

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 12/04/2013
Código do texto: T4237413
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