Tortura

Ainda bem que você não chegou

Ainda bem que não me escreveu

Fiquei contente em esperar em vão

Algum sinal, algum aceno seu

Ainda bem que não me procurou mais

Ainda bem que não leu minhas letras chamando

Nem tão pouco atinou para meus brados clamando

Ainda bem que teus olhos nem viram os meus

Ainda bem que não ouviu meu coração bater

Nem as lágrimas que molham o meu rosto agora

Ainda bem que você não vê minha alma inquieta

Meus dedos que teimam em dizer

Nos poemas tudo o que eu iria fazer

Ainda bem que não estão visíveis meus medos

Ainda bem que escondi todos os meus segredos

Vou repartir com a solidão

Tudo que guardei...

Ainda bem.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 08/04/2013
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