UM POETA SOLITÁRIO
Ah, poeta, pouco se sabe de ti!
Quem realmente entende o que escreves?
Continue criando os teus versos,
As suas estrofes em cada poema,
Não se preocupe com rimas e métricas...
(Poeta, que bom saber da tua existência...)
Os que não te lêem,
Nunca poderão te chamar de maluco;
Nunca conhecerão o teu jeito louco,
Muito menos se deleitarão com as tuas palavras,
Não saberão dos amores que tanto te inspiram...
(Eles consideram essas coisas tudo bobagens)
Quem dos homens é o mais louco do que o poeta?
Nunca saberão da magia que sentes quando escreves;
Nunca acreditarão nas coisas que expressas...
(Eles não têm ousadia de se expressarem como tu)
Nunca habitarão este mundo que criastes;
Nunca saberão dos sonhos que ainda constróis,
Apesar de estarem rabiscados n’um papel...
(Poeta, eles são uns pobres coitados)
Quem de vós duvida da loucura do poeta?
(O poeta não duvida do amor que lhe vem)
Apenas desconfia como qualquer mortal...
O poeta cria, nos fazendo imaginar,
As dores que lhe são as aliadas constantes...
O poeta é um louco feliz,
Não neste mundo de desunião,
Mas n’um que ele acredita,
Que para muitos não acontecerá...
Poeta, os que não te lêem,
Nunca conhecerão este mundo,
Existente além dos teus sonhos;
Nunca cruzarão a fronteira deste papal...