Estranhos conhecidos
Ninguém sabe onde errou
Ninguém sabe onde os caminhos se perderam
Onde foram os passos marcados
pelas lágrimas guardadas num lenço
Ninguém sabe exatamente quando hesitou
E teve a cruel dúvida
Onde morreu tudo que se sentia
Onde morreu todo sentido
O fato que a hora de ir embora
chegou
A mala está pronta
A porta está aguardando a saída
Os olhos ESTÃO PRONTOS PARA última mirada
Num flash tudo entrará para a memória
E sairá sangrando do real.
A porta se fecha
A rua parece mais fria do que vista da janela
As pessoas um cenário estranho e mutante.
E as palavras derramam sobre nós
A fonética mágica e intrigante.
Adeus.
Será o fim?
O meu fim?
O nosso fim?
Ou as reticências partidas por
mera estupidez romântica.
Uma certeza está na bagagem
Não sentirei tudo de novo…
Sou outra depois que
Passei pela soleira da porta.
E vc é outro depois do meu abandono.
E esses dois outros, são os mais
perfeitos estranhos que a estória
pode produzir.