RETALHOS
Eu não te perdi... foi a minha inteligência
que estava um degrau abaixo
da tua apoteose de hipocrisia.
Sejamos Verdadeiros, embora separados.
Não estou triste pelo nosso desencontro,
vivo contente porque a Verdade ficou.
A vírgula que preencheu minha Vida,
restou apenas um ponto final
que destes em nossos beijos.
A música espera por nós.
A bebida que acaba,
pede gelo de nossa distância.
Estou aqui, chego já ali...
estou distante e não te vejo mais nas paisagens.
A boemia acolheu-me quando
você abandonou nosso espaço.
O copo de cerveja escondeu
para sempre toda ira que desejava
te jogar na face transparente.
Nem sempre o numero (1)
quer dizer o inicio de tudo.
Assim também um adeus
não pode profetizar uma grande despedida.
A covardia do silencio existe,
para não macular a minha verdade.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano