Neste meu profundo silêncio!
Na calmaria do momento é que tudo está vazio
inerte nas suas palavras, sou só eu e o silêncio
minha alma já não grita, está muda e muito calada
nem o vento se arrisca, está quieto e em silêncio!
Batem na porta abro e não tem ninguém, espreito
fecho a porta, ando uns metros e voltam a bater
abro assustada, olho e não vejo ninguém, escuto
algo meio distante era quase um triste lamento...
Lamento perdido no tempo do esquecimento, forte
a voz voltou, já meio zangada... Dizendo...Sou Eu!
- Eu quem?... pergunto eu... Ele responde forte
Eu o teu amigo silêncio, não chamas-te por mim?
Respondi meio envergonhada que sim e acenando
ele sem se fazer rogado logo entrou feliz pela casa
onde jazia a minha alma feliz ela estava por sua visita
abrindo as suas portas de par em par e festejando...
Não existia nada mais belo, um belo contentamento
que animava a minha ascendência a outras escalas
onde a alma logo se animava e se elevando no amor
que só no profundo silêncio ela se elevou na sua paz...
Betimartins
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