LUA CHEIA, ALMA VASIA...
Eu sempre acreditei no tempo
que -de uma ou de outra forma-
nos rejeita ou nos aprova...
E, quando estranhamente nos reprova,
fica a indelével marca, o lamento,
e em alguns casos, a decepção...
Mas o tempo é como o vento,
passa sempre: um, se torna eternidade,
o outro, uma brisa ou furacão.
São simples assim as coisas do coração,
o que se mostra como realidade
é fácil demonstrar que é ilusão.
Mas é assim que corre a vida,
que sempre merece ser vivida:
Eu, adorador da lua cheia,
grávida de sonhos e paixões,
tive a minha cama e minh´alma vasias,
na infrutífera busca
de verdadeiras emoções...
É simples assim a vida do poeta,
desacorçoado recolhe o próprio pranto
e num canto, transforma-o em poesia...