LUA CHEIA, ALMA VASIA...

Eu sempre acreditei no tempo

que -de uma ou de outra forma-

nos rejeita ou nos aprova...

E, quando estranhamente nos reprova,

fica a indelével marca, o lamento,

e em alguns casos, a decepção...

Mas o tempo é como o vento,

passa sempre: um, se torna eternidade,

o outro, uma brisa ou furacão.

São simples assim as coisas do coração,

o que se mostra como realidade

é fácil demonstrar que é ilusão.

Mas é assim que corre a vida,

que sempre merece ser vivida:

Eu, adorador da lua cheia,

grávida de sonhos e paixões,

tive a minha cama e minh´alma vasias,

na infrutífera busca

de verdadeiras emoções...

É simples assim a vida do poeta,

desacorçoado recolhe o próprio pranto

e num canto, transforma-o em poesia...

Krumah
Enviado por Krumah em 24/03/2013
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