Sofreguidão

Quem sou nesses dias de sofreguidão?

Às sete eu danço como se nada houvesse

Para o amanhã... Quais dias de pura ilusão!

Mas, a vontade em mim ainda cresce...

Quais cortinas hão-me de cobrir a face?

Cada dia mais perco infantilidade

Eu não rio, não sinto o amor que nasce,

Como outrora sentia com facilidade.

Eu não me liberto das rédeas turvas,

E confesso gostar dos meus castigos.

Ah, que gostaria das emoções curvas

Quais sentia nos anos antigos!

Luciana Pontes
Enviado por Luciana Pontes em 21/03/2013
Código do texto: T4200865
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