Sofreguidão
Quem sou nesses dias de sofreguidão?
Às sete eu danço como se nada houvesse
Para o amanhã... Quais dias de pura ilusão!
Mas, a vontade em mim ainda cresce...
Quais cortinas hão-me de cobrir a face?
Cada dia mais perco infantilidade
Eu não rio, não sinto o amor que nasce,
Como outrora sentia com facilidade.
Eu não me liberto das rédeas turvas,
E confesso gostar dos meus castigos.
Ah, que gostaria das emoções curvas
Quais sentia nos anos antigos!