Sonho em realidade perante a morte.
Na terra que em sonho habito
Não há hora para ser feliz.
E cada olhar que de súbito fito
Contem tudo que o silencio não diz.
Na terra que em sonho reflito
Posso em teus campos nu me estender.
O verde que forra a terra é o sujeito
E o pensamento é o ar a me envolver.
Na terra onde o sonho vislumbro
Me custa tanto os dias viver.
E se no escuro a morte descubro
Tento por ela no sonho reviver.
Na terra do silencio eterno
Não se tem no peito aquela pancada.
Aqui se converte a vida em inferno
Como se converte o tempo a nada.