Carrego em mim todas as minhas mortes
E foram tantas que não mais lembro.
Já disseram que nasci com sorte.
E de que sorte falam?
Talvez da que lhes falta.
E que tanta falta faz.
Como é verde o lado cercado da vida do vizinho.
Não sabem dos meus medos.
Não lhes contei das minhas dores.
Não partilham meus sofreres.
Apenas observam a casca.
Velha por dentro.
Lustrosa por fora.
Como é verde a grama do vizinho.
Como é fácil a vida dos outro.
Como é lógico o que devem fazer.
Como é difícil suportar calado.
Um peso que não se mostra.
De uma adaga no peito
Que não se vê.
Somente sei do que os outros dizem.
E dizem da minha sorte.
Da minha vida.
Da minha aparente felicidade
Que de tão falsa,
Já não se aguenta...
E foram tantas que não mais lembro.
Já disseram que nasci com sorte.
E de que sorte falam?
Talvez da que lhes falta.
E que tanta falta faz.
Como é verde o lado cercado da vida do vizinho.
Não sabem dos meus medos.
Não lhes contei das minhas dores.
Não partilham meus sofreres.
Apenas observam a casca.
Velha por dentro.
Lustrosa por fora.
Como é verde a grama do vizinho.
Como é fácil a vida dos outro.
Como é lógico o que devem fazer.
Como é difícil suportar calado.
Um peso que não se mostra.
De uma adaga no peito
Que não se vê.
Somente sei do que os outros dizem.
E dizem da minha sorte.
Da minha vida.
Da minha aparente felicidade
Que de tão falsa,
Já não se aguenta...