FRAMBOESA
As flores que estão bordadas no peito
São apenas prelúdios de uma frágil alma
A tristeza que domina os meus momentos
Pela solidão e abandono que me causas
Há duzentos anos que estamos prometidos
E em dois segundos meu castelo desmorona
Como a pilhéria de um verão bonito
Estraçalhando meu orgulho e honra
Costumo ter os meus segundos dias
Depois de tudo, sempre bom, ruim
O mar sangrento de doce agonia
Que me transforma em apenas fim
Diga a verdade, pelo menos uma vez
Eu sei que te assustei com meus sentimentos
Corra, gazela, que ainda tens chance
De não viver meus vis momentos
Como o sol e a chuva, teu amor e o meu
Como uma tristeza espectral
A cada lágrima sei que te perdi
Desde a taça de vinho ao corte do punhal.