Então, nada mais
Havia uma chance, quando as palavras eram ouvidas calmamente,
e a compreensão difusa tomava as dúvidas e dissolvia as hesitações.
Havia um momento raro entre o que era dito e o que era sentido.
Havia verdade no olhar, nos gestos, e em tudo o que não fosse visto.
Estar perto ou longe era da mesma forma um acreditar inesgotável.
O tempo confirmava a saudade, manifestada no encontro acontecido.
Havia a ilusão do que era perfeito, inquebrável, absoluto e incorruptível.
Havia respostas sem perguntas, a certeza inabalável, a pureza de ser.
Havia alegria no anoitecer sem essa tristeza por ter amanhecido.