Então, nada mais

Havia uma chance, quando as palavras eram ouvidas calmamente,

e a compreensão difusa tomava as dúvidas e dissolvia as hesitações.

Havia um momento raro entre o que era dito e o que era sentido.

Havia verdade no olhar, nos gestos, e em tudo o que não fosse visto.

Estar perto ou longe era da mesma forma um acreditar inesgotável.

O tempo confirmava a saudade, manifestada no encontro acontecido.

Havia a ilusão do que era perfeito, inquebrável, absoluto e incorruptível.

Havia respostas sem perguntas, a certeza inabalável, a pureza de ser.

Havia alegria no anoitecer sem essa tristeza por ter amanhecido.

SINUHE
Enviado por SINUHE em 16/03/2013
Código do texto: T4191934
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.