Amor e ódio eterno
Odiar-te, prometi eu.
Odiei-te, sim, eu confesso.
Relembrava teus abraços,
Teus beijos dados sem amor.
Desejei-te com frequência
toda a minha dor.
Inúmeras vezes senti
meu rosto molhado e quente
pelos fantasmas da lembrança;
espectros imortais
presos nos antigos momentos felizes,
anulando os novos,
retomando o passado.
Odeio-te por me fazer repugnar
o toque de outrem;
por fazer qualquer outro aroma
insignificante perto do teu cheiro;
por fazer com que bebida alguma
seja forte o suficiente.