A DROGA QUE NOS CONSOME CHAMADA AMOR
Mulher, onde sepultaste aquele
Sentimento que dizias sentir,
Num passado mais que presente,
Mostre-me onde fica esse lugar?
Podes ressuscitá-lo agora?
Onde agora tu estás
Que há muito não te vejo?
Nem nos meus sonhos te encontro mais...
Será que tudo o que aconteceu foi em vão?
Será que não víamos com os nossos próprios olhos?
“Perdi-me no abismo das drogas,
Me sentindo tão só ao lado
De outras pessoas que morriam
Por excessos tão alucinantes...”
Quantas vezes eu cair embriagado,
Crendo que iria morrer sem lucidez?
Tudo era tão confuso no momento
Que não se podia prever o que iria acontecer,
Nem mesmo após o consumo
Das substancias que me faziam girar...
Mulher, eu nunca me entreguei
Para qu’eu fosse consumido de vez,
Sair pela mesma porta que entrei,
Contemplando uma manhã não mais cinzenta!
A luz do dia sempre me fez bem
Tal qual o sentimento que dizias ter por mim...
O perigo sempre me espreitava,
Agora me ignora por eu não te ter mais...
Tudo passa, mas sinto falta de algo
Qu’eu não sei explicar o que é...
Talvez nem seja verdadeiro esse sentimento
Qu’eu insisto acreditar ter sido possível acontecer!
Fugi de todas as dores que me vieram,
Já as cicatrizes existentes são visíveis,
Elas estão guardadas no meu olhar triste,
Quando eu repousar elas inexistirão...
Mulher, onde me sepultaste
Quando definitivamente me abandonaste?