Sob O Olhar De Um Deus Arrependido

A nuvem negra que me acompanha

Torna em chuva a minha tristeza

Em ser uma existência tão estranha

E tão alheia à própria natureza

Sou observado pelos olhos tristes

De um deus hoje já arrependido

E diz: "Filho, por que não desistes,

Se apenas para sofrer tens vivido?"

Eu olho para o céu e apenas ignoro

Sinto o meu rosto inteiro molhado

Falo comigo: "Quanto mais eu oro,

Mais ainda me sinto abandonado!"

Sigo pela estrada do esquecimento

Nascer para morrer, oh, que cúmulo!

No fim da estrada acaba o sofrimento

No fim da estrada estará meu túmulo!

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 03/03/2013
Reeditado em 07/03/2013
Código do texto: T4169622
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