POESIA – Coração solitário
POESIA – Coração solitário – 09.04.2012
(É madrugada)
Vivo sozinho, e esse será meu final,
Por mais que queira nunca arranjo alguém,
O meu caminho foi traçado sem igual,
Não adianta grito, não virá ninguém...
Claro que tive alguém um dia, já vai longe,
Que preencheu meu coração com inteireza,
E hoje tão só vivo tal qual monge,
A recordar meus dias junto àquela deusa...
Quis o destino me roubá-la muito cedo,
Decerto está feliz em outras plagas,
Aqui na terra vejo dela só arremedo,
Imitação que não comove este meu peito,
Arraigado d’amor puro, cheio de chagas,
Que de saudade chora... Não será refeito.
Ansilgus